domingo, 5 de dezembro de 2010

Perecível

Tem dias que sou uma porta fechada para qualquer forma de Literatura. Creio que só o som me aquece todos os dias ou me atormenta na maior parte deles. Escrever para muitos é uma construção, projeto de vaidade ou necessidade social. No meu caso escrever é uma extensão do viver, é como se as palavras completassem os sentidos.
A gente que escreve na maior parte do tempo pensa. E não pensa só racional. Pensa criando cenas daquilo que experimentamos ou não. Elaborando outros finais mais justos ou completos. O humano nos escapa, mas a gente tenta estampá-lo. Não é um se achar é um se dedicar.
Tem dias que transbordo cores disformes, mas delas nasce o esplendor jorrado em versos ou textos. Não entenda quem escreve, esse pode ser louco. Apenas aprecie ou deprecie sua obra com justiça. Ninguém morre ou nasce por escrever (não se vivemos uma democracia), mas algumas pessoas preferem morrer e nascer sempre na escrita para assim ganharem seu alimento que as sustente e ilumine.

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