sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Happy Life

Arbitrariamente temos que mostrar que estamos bem. Não importa o problema, a gravidade ou superficialidade dele, é mais agradável socialmente que estampemos o sorriso “happy life” para os outros. Concordamos que igualmente, ou mais, desagradável é aquele ser que só reclama e geralmente nada faz para mudar. Porém, aderindo a um otimista falso estamos nos prejudicando, pois não vivenciamos nosso momento ruim para então superá-lo.

A vida profissional nos engole com suas atribulações e não nos dá espaço para a reflexão. Num sistema cada vez mais avassalador por mais esforçados ou econômicos que sejamos nunca nos deixamos de nos sentir frustrados. Isso prejudica nossa auto-estima e por sua vez nosso autoconhecimento.

Grandes talentos são desperdiçados nessa corrida frenética que é mantida pelos caos que governa diariamente nossas vidas, nossos pensamentos, nosso pouco lazer. Então, parar para sofrer é luxo ou motivo para a terapia (claro que paga todo final ou começo de mês). É uma cadeia que engendra a consumir e nos desgastar cada vez mais.

Uma vida profissional comprometida não deveria comprometer as outras coisas. É como algo que deveria ser leve e proveitoso mais até que produtivo. Não é assim, porém se pensarmos que isso é uma utopia sempre a manteremos como algo inacessível. Quando sentir necessário – sofra. Desligue celulares ou desmarque compromissos inadiáveis porque inadiável deve ser é primeiro lugar você.

Não falo de irresponsabilidades ou tudo ser motivo para o ócio que de nada também pode ser benéfico, mas falo de algo que temos direito. Postergando constantemente nos mesmos, o único que passa a ocupar nosso espaço é aquela personagem que nada sofre, sobretudo, porque nada vive.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


Admiro, essencialmente, a beleza masculina. Os contornos graciosos, a masculinidade que aflora nos gestos e nos músculos. Mesmo ausente algum desses componentes me chama a atenção o Ser homem.

Ainda que dedicasse minha vida inteira aos poemas, nenhum deles há de chegar à inspiração que um rosto masculino me traz. Transcende.

Não importa o sexual em si. Vejo-os ao por do sol, molhados ou, simplesmente, passando. Barbas mal feitas, ousados ou mais comportados. Alegram, despertam atenção e tesão.

Homens grandes ou pequenos em suas profissões de status ou de esforço braçal. Ao violão ou fazendo bocejos. Homens da capital e de algum interior característico. Com mulheres ou com outros homens.

Esses homens de que falo - uns habitam, outros apenas invento. Uns quero por perto por longas horas, outros flerto e disparo. Todos são, senão, belos. Assim os desejo e assim me contentam.