segunda-feira, 22 de novembro de 2010

(De)limitar

O delimitar do feminino e masculino, às vezes, é tênue e rico. Sobretudo, quando aprendemos olhar essas características que se mesclam como forma mais possível do que é o humano. Não somos estanques fechados e a dualidade, assim como as nuances fazem parte de nossa vida.
Sobre esse assunto é imprescindível entrarmos em contato com algo que nos incomoda: nossas limitações. E porque também não dizer nossos preconceitos. Não quero entrar no assunto preconceito, pois ele por si só é complexo. Contudo, falar das nossas limitações é um exercício de olhar para dentro.
O que não nos é natural denunciam duas realidades. Uma mais genérica, ou seja, a da própria natureza e a outra a construção da cultura. A segunda é mais maleável, mas precisa de tempo e ação para ser transformada. Quando olhamos algo que nos parece do outro mundo isso se dá por essas duas construções. Desconhecimento gera ignorância e por sua vez estranheza.
Delimitar o que é masculino e feminino, embora, válido é também imperativo. A única maneira de mudarmos certos conceitos, ou melhor, ampliá-los é, senão, a convivência. Nesse ponto resta-nos o querer ou não, o ir além ou ficar na mediocridade de nossas próprias visões costumeiras. Não falo em apologia ou silêncios programados e sim na ousadia de nos permitirmos ao que não é ou não nos parece tão natural.

Henrique Pires, 22/11/10.

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